O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou nesta quarta-feira (14) que haja crise entre a base aliada do Congresso e o governo da presidente da República, Dilma Rousseff. O petista foi escolhido nesta terça-feira por Dilma para substituir o ex-líder, Cândido Vaccarezza, após uma série de insatisfações na base aliada.
Segundo Chinaglia, a tensão sempre existiu e é bom que exista. "Eu não
estou vendo crise, sinceramente. A tensão é normal", disse o novo líder,
após participar da cerimônia de posse do novo ministro do
Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que substituiu Afonso Florence no
cargo.
O deputado disse ainda que não vê uma rebelião na base aliada e afirmou
que, em qualquer partido, há sempre alguém insatisfeito.
"Eu não trabalho com a hipótese da base rebelada. [...] Eventualmente,
eu estarei insatisfeito. Isso faz parte. Então, eu tenho de trabalhar os
grandes temas e digo, compondo os partidos da base. Até onde o próprio
líder Vaccarezza me informou, o líder do PT, o líder do PMDB, as coisas
estão bem arrumadas", declarou.
Chinaglia disse que recebeu "com muita satisfação" manifestações de
líderes da oposição. "Ontem, inclusive em plenário, recebi com muita
satisfação manifestações até de líder da oposição entendendo que eu
possa jogar um papel ali adequado."
O novo líder afirmou ainda que solicitou uma audiência ao
vice-presidente Michel Temer devido à "importância" do peemebedista.
"Ele [Temer] me cumprimentou, me parabenizou. Eu aproveitei para pedir
uma audiência com ele referente a importância que ele tem. Não só como
vice-presidente, mas no processo político nacional."
Na Câmara, mais de 50% dos deputados do PMDB, recebidos pelo vice-presidente, assinaram manifesto
no qual se dizem excluídos das decisões políticas do governo federal.
Por causa da troca na liderança da Câmara, a votação do Código Florestal
deve ficar para a próxima semana.
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