Poderão ser abertos dados sigilosos dos últimos 10 anos, período que
vai além das investigações já realizadas pelas operações Vegas e Monte
Carlo (iniciadas em 2009 e 2011, respectivamente), que motivaram a
criação da CPI e já haviam acessado informações sigilosas do bicheiro.
Os requerimento aprovado pela CPI é de autoria do deputado Onyx
Lorenzoni (DEM-RS). "São de extrema gravidade os fatos, que demonstram
envolver não só crimes de natureza estritamente privada, mas trambém
graves graves desvios na esfera pública, atentatórias às instituições
democraticamente constituídas, o que demanda a imediata atuação do Poder
Legidlativo Federal", justicou o deputado no pedido de quebra de
sigilo.
"A quebra é essencial para nós compreendermos o que ele fez nos últimos
dez anos", disse o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Segundo ele, foram aprovados 51 requerimentos na reunião desta quarta da
CPMI. O deputado afirmou ainda que na próxima semana devem ser votados
requerimentos que pedem a quebra de sigilo da construtora Delta,
suspeita de ter negócios ilegais com o grupo de Cachoeira.
Delta
O relator também afirmou que o pedido de convocação do presidente licenciado da empresa, Fernando Cavendish, será analisado após a leitura do inquérito sobre Cachoeira enviado nesta manhã pelo Supremo Tribunal Federal à CPMI. "Vamos analisar a convocação de Cavendish depois de analisar a farta documentação que a Polícia Federal nos mandou", disse Odair Cunha.
O relator também afirmou que o pedido de convocação do presidente licenciado da empresa, Fernando Cavendish, será analisado após a leitura do inquérito sobre Cachoeira enviado nesta manhã pelo Supremo Tribunal Federal à CPMI. "Vamos analisar a convocação de Cavendish depois de analisar a farta documentação que a Polícia Federal nos mandou", disse Odair Cunha.
"Não vamos exclusivamente investigar a Delta Centro Oeste. Vamos,
inclusive e especialmente e a partir da Delta Centro Oeste, produzir uma
investigação com as provas que temos ou viermos a ter", destacou o
relator. Conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal indicam que
Cavendish tinha conhecimento das negociações entre Cachoeira e o
ex-diretor da Delta no Centro Oeste, Claudio Abreu.
Odair Cunha explicou ainda o fato de não ter incluído a convocação de
governadores suspeitos de envolvimento com Cachoeira. "Neste primeiro
momento não temos elementos suficientes que justifiquem a aprovação
desse requerimento. Agora, com os autos da Polícia Federal em mãos, nós
teremos condições de fazermos uma análise criteriosa e partir disso
decidir se convocamos este ou aquele governador ou nenhum", disse.
Os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB), são citados em conversas de Cachoeira com
integrantes da quadrilha de jogo ilegal. Já o governador do Rio de
Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), aparece em fotos ao lado do presidente
licenciado da construtora Delta, Fernando Cavendish.
O presidente da CPMI, Vital do Rêgo, afirmou que ainda não há previsão
para a escolha do vice-presidente da comissão. A votação estava prevista
para esta quarta (2). "Ainda estamos amadurecendo. Por enquanto, vamos
tocando a CPMI", afirmou.
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