quinta-feira, 5 de abril de 2012

SAÚDE: Páscoa.


O chocolate é um daqueles alimentos que tem alternado, através da história, sua posição em relação aos efeitos produzidos sobre a saúde. Em algumas épocas, tido como benéfico; em outras, como prejudicial à saúde.

Na sua origem, no golfo do México, o cacau, bebida de sabor amargo, era ingerido pelos astecas que o chamavam de bebida dos deuses. Quando foi levado à Espanha, no século XIV, passou a ser adoçado para reduzir seu amargor. A bebida se difundiu pela Europa e, no século XVII, na Holanda, ocorreu o processo de industrialização do cacau, com a possibilidade de separação da manteiga de cacau da massa de cacau. Nessa mesma época, um suíço, produtor de leite condensado, adicionou-o à massa de cacau, surgindo o chocolate ao leite. Poucos anos depois, a manteiga de cacau foi adicionada a esta mistura, o que deu ao chocolate as características que permanecem até hoje.

Modernamente, o alto teor de gordura e açúcar do chocolate comum o relegou à categoria de guloseima que aumenta colesterol e engorda.

A possibilidade de um efeito benéfico do cacau sobre a saúde foi levantada no ano de 2001, a partir de estudos epidemiológicos desenvolvidos em uma população de ameríndios Kuna, que vivem em um arquipélago na costa do Panamá. Esta população apresenta baixa mortalidade por doença cardiovascular com uma prevalência extremamente baixa de aterosclerose, hipertensão, diabete e dislipidemia (alteração dos lipídios no sangue). A hipótese foi de que estes efeitos eram conseqüência da alta ingestão de cacau pela população.
De lá para cá, dezenas de estudos científicos têm sido publicados testando os possíveis efeitos benéficos do chocolate, ou de seus componentes, sobre diversas variáveis do organismo. Alguns destes estudos são conclusivos, outros nem tanto.

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