Não são apenas os problemas políticos que tiram a paz dos índios. Outro desafio é a questão social. Como conciliar as tradições seculares com um ambiente cada vez mais moderno? De acordo com pesquisadores, é um grande erro acreditar que um índio perde sua identidade por entrar em contato com a tecnologia. Segundo o antropólogo Luís Grupioni, do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé), em entrevista ao portal G1, um índio que usa relógio não deixa de ser índio, assim como um não índio que usa um cocar não se torna indígena por isso.
Os antropólogos afirmam que, no mundo globalizado, não há mais como manter os índios isolados. O que eles precisam é o direito à cidadania e educação para que possam seguir suas próprias vida e decidir o que é melhor para eles.
Em alguns casos, a tecnologia pode reforçar a manutenção de tradições, como no caso de comunidades que realizam vídeos para documentar suas tradições. Já existem festivais para premiar esses trabalhos, como o projeto ‘Vídeo Índio Brasil’, que tem uma programação composta por filmes produzidos por índios e não índios com temáticas indígenas. Além disso, o projeto prevê realização de oficinas de audiovisual com os índios, exposições e debates.
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