quinta-feira, 22 de março de 2012

NOTICIAS: Mineiro preso por causa de cinto nos EUA é autorizado a voltar para casa



O estudante mineiro Igor Pessali, preso nos Estados Unidos por causa da fivela de um cinto em formato de soco inglês, deve chegar ao Brasil nesta sexta-feira (23). De acordo com a mãe do jovem
, Regina Carvalho, em audiência realizada nesta quinta-feira (22), ele foi autorizado pelas autoridades americanas a deixar o país. “Não durou nem meia hora, mas foi tudo decidido. O juiz falou que o policial excedeu”, conta a aposentada.

Apesar de aliviada, Regina Carvalho não se conforma com a situação vivida pelo filho. “Eu não vou deixar em branco, pretendo acionar o Estado de Nova York. O brasileiro é tratado com muito descaso nos Estados Unidos”, diz. O estudante mineiro, de 24 anos, foi detido, nesta segunda-feira (19), quando tentava embarcar em um voo de Nova York para Miami, de onde retornaria para o Brasil. Igor Pessali, que mora em Belo Horizonte, conta que o motivo da prisão seria a fivela de um cinto que se assemelha a um soco inglês. “O cinto estava na mala e, assim que ela passou pelo raio-X, um funcionário chamou a polícia. Fui algemado e levado para a uma espécie de delegacia no aeroporto”, relata.
Segundo o estudante, depois de ficar detido por cerca de quatro horas no terminal, ele foi encaminhado para um presídio no Queens, onde permaneceu até as 13h (horário de Nova York) desta terça-feira (20). Depois disso, ele teve o passaporte devolvido, mas foi informado que não poderia deixar o país. Igor Pessali também relata que teve que comparecer a uma audiência na Corte do Estado de Nova York, na qual foi assistido por advogado do governo americano. Segundo o jovem, ele teria sido induzido pelo defensor a assumir o crime de posse ilegal de arma, mas por não ter aceitado, uma nova audiência foi marca para esta quinta-feira (22).
Igor Pessali e a mãe dele, Regina de Carvalho, reclamam da falta de apoio das autoridades brasileiras em território americano. "Eu estou arrasada e decepcionada com o governo americano porque meu filho foi desrespeitado, mas também estou chateada com o consulado [do Brasil], que não fez nada", lamenta. O estudante conta que ao procurar o consulado, um funcionário disse que tudo não se passava de um mal entendido. "Para eles foi um mal entendido, mas para o estado de Nova York é um crime. E estou pagando por isso", diz.
De acordo com o estudante, a única ajuda recebida do consulado foi a indicação de um advogado. "Pela indicação tive um desconto, mas tive que desembolsar US$ 2 mil. Não sei se era dever do consulado, mas não me deram direito nem a uma defesa digna", reclama. O consulado brasileiro em Nova York disse que não vai se pronunciar sobre o caso.
O mineiro conta que não imaginava que um cinto poderia causar tanta dor de cabeça. O acessório foi comprado durante a viagem, em Orlando, na Flórida. De acordo com estudante, ele desembarcou em Nova York com o assessório sem que houvesse problemas. Segundo Igor Pessali, diferentemente da legislação da Flórida, o Estado de Nova York considera crime o porte de soco inglês. O consulado confirmou que portar o objeto é considerado um crime naquele estado.



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