Diante das falhas apresentadas pelo sistema de check-in da TAM na manhã
desta sexta-feira (2), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)
informou que está monitorando as operações da empresa e que poderá
determinar a suspensão da comercialização de passagens pela TAM para
evitar mais transtornos aos passageiros.
De acordo com o último boletim da Infraero (estatal que administra os aeroportos), 194 dos 659 voos domésticos programados pela TAM (29,4%)
decolaram com atraso de mais de 30 minutos nesta sexta, no período
entre 0h e 19h, e 26 (3,9%) foram cancelados --nas demais empresas, o
índice de atrasos não passa de 9%. Em relação às viagens internacionais,
oito dos 29 voos previstos pela TAM decolaram com atraso --o que
representa 27,6% do total.
A Anac informou ainda que reforçou suas equipes nos principais
aeroportos do país para verificar a prestação de assistência pela
empresa aos passageiros e que convocou a direção da empresa para prestar
esclarecimentos acerca do problema na próxima segunda-feira (5). A Anac
vai instaurar processo administrativo para apuração dos fatos, que
poderá culminar na aplicação de penalidades.
O sistema de chek-in da companhia foi normalizado por volta das 11h40
desta sexta-feira (2). Segundo a TAM, houve um problema no link de
conexão da SITA, empresa de tecnologia que presta serviços para a
companhia. A falha atingiu todos os aeroportos do país durante a manhã
e, com o problema, os cartões de embarque e das etiquetas das bagagens
tiveram que ser feitos manualmente. A TAM informou que está prestando
toda a assistência aos clientes afetados e lamenta os inconvenientes
causados pela situação.
- Direitos do consumidor
De acordo com o diretor de fiscalização do Procon, Renan Ferraciolli,
os passageiros prejudicados com o atraso têm alguns direitos que devem
ser cumpridos pela empresa aérea. "Entre eles está o direito à
informação sobre o que está ocorrendo, inclusive por escrito, se o
consumidor solicitar."
A legislação prevê, segundo Renan, que a empresa aérea forneça ao
passageiro facilidades de comunicação, com ligações gratuitas, quando o
atraso for de mais de uma hora. Quando o problema ultrapassar duas
horas, o passageiro terá o direito à alimentação adequada e quando o
atraso persistir mais de quatro horas, o passageiro terá direito à
acomodação em local adequado, traslados e quando necessário serviços de
hospedagem.
"Quando o atraso passar das quatro horas, o consumidor também poderá
pedir o reembolso integral pago pelo bilhete e pelas tarifas, caso
desista da viagem. Ele pode também pleitear a indenização pela Justiça",
confirma Renan. "Caso a empresa não cumprir o determinado, o consumidor
deve procurar o Procon e a Anac para exigir seus direitos", conclui.
Segundo Renan, agentes do Procon estão no Aeroporto de Congonhas, onde o
número de voos da TAM é maior em São Paulo, fiscalizando a situação
para determinar quais providências serão tomadas contra a companhia
área.
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